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Teatro dos homens maus

Para onde vamos agora nesse barco chamado Brasil? Quando aqui chegaram bandidos e prostitutas em navios de Portugal para colonizar , por que ninguém queria enfrentar nossas selvas e tinham medo dos índios, fomos induzidos nas nossas origens a assumir outra cultura.Foi  através de ferramentas como o  teatro que os jesuítas conseguiram "domesticar" os índios. Agora em pleno século 21 novamente temos o teatro como em 64, quando armou-se uma farsa com o apoio da mídia, para tirar do poder através de notícias malversadas e oportunistas, a Getúlio Vargas e os outros que se seguiram a ele. A maioria da população acreditou e foi "domesticada". Cresceram a desigualdade social, o aumento da pobreza e tantas outras mazelas. O teatro dos políticos mentirosos , alcoviteiros, corruptos que através de recursos e manobras conseguiram tomar de assalto o Planalto, apesar dos protestos  em contra,que infelizmente foram menores e menos apoiados pela deusa Globo. Presidentes respeitados como Mujica, intelectuais, cineastas, artistas argumentaram, mas de nada adiantou. 

O teatro dos falsários foi mais convincente, mais carismático. E quando um povo está com medo do futuro se agarra na idéia de que mudar de lugar, trocar de presidente como quem troca uma roupa apertada por outra mais confortável vai criar uma solução mágica. Sim, enfrentar as dificuldades é difícil. E nossa presidente vacilou, se isolou por que não tinha e nunca teve a desenvoltura para negociar que o Lula tinha. Mas o que vemos são injustiças cometidas quando as prisões são mais políticas do que jurídicas, e mais uma vez veremos vencer a mentira e a corrupção. Tivemos 12 anos de tranquilidade.Os motivos que levaram ao pedido de impeachmeant de Dilma Roussef  foram motivados pelo ódio a esquerda, representada pelo Partido dos Trabalhadores que serviu de bode expiatório. Eles foram mais fortes, são a elite, os neoliberais que sacrificam o povo para encher os cofres do Banco Central e atrair investimentos. Contradições se seguem, aumentos de salário para juristas e discurso pessimista, de que o país está quebrado. Essa crise foi plantada, como uma peça de atores mal ensaiados, canastrões. O povo sai às ruas mas nada é noticiado, parece que se instalou o medo do caos. Como é triste ver corruptos comandando o país. Os índios ficaram sem as terras e nós ficaremos com menos esperança e com a crença de que o mal, sim o mal sempre vence vestido de cordeiro.

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O CAMINHO DO MEDO

Deixava-se inundar pela angústia como uma roupa usada a qual se agarrava para não alcançar a felicidade. Sempre achara que não merecia ser feliz. Não conseguia sentir-se em casa naquela lugar. Sentia-se uma intrusa no meio daquelas pessoas, quase uma criminosa. Tinha sido nesse tempo que morara ali,  frágil,  envolvendo-se em conflitos com moradores da casa. C asa  acolhedora, bonita, em o a uma vila arborizada, tranquila. Poderia ter sido feliz ali, mas não. Será que ainda seria tempo A imagem que criara a incomodava,  de uma mulher quebrada financeiramente, com parentes viciados em drogas. Esquisita, desiquilibrada. Problemas no aluguel havia tido.  Precisaria ganhar mais dinheiro para sair. Mas a  depressão ia minando as iniciativas que poderiam ser tomadas para ter mais sucesso profissional. A tristeza por ver-se menos bela e desejada. Então castigava-se.  Já não suportava ficar sózinha. Questionava-se se aquilo seria produto dos seus medos, um cansaço de si. Suportar-se era o gran

Jogou fora os remédios

Nesse dia jogou fora o Rivotril na pia espirrando seu conteúdo no ralo, como uma bisnaga. O líquido viscoso com gosto bom, levemente adocicado que havia acompanhado seus dias durante uma década. Durante dois anos tentou livrar-se muito lentamente do benzoazepínico pois havia chegado ao número de 37 gotas,  equivalente a 4 comprimidos de 2mg . Tomava à noite para dormir  seis horas reconfortantes de sono. Depois de tanto sacrifício teve as recaídas. Ia buscar no posto médico um tubinho, tirava o rótulo. Por três vezes pegou o remédio para depois jogar fora.   Tinha  medo da angústia que ainda  acompanhava sua rotina. Foram várias recaídas, pingava na palma da mão  3, 4 , até 5 gotas em dias perversos. Sempre quando acordava no meio da noite cheia de medo do presente. Sabia que se ficasse com ele novamente não poderia mais seguir como planejara. Firme , enfrentando pensamentos sombrios que tornavam sua mente um lugar insuportável de estar. Nesse dia acordou sentindo no corpo uma triste

Urgência de viver

  Era uma urgência de viver tão grande que não lhe permitia pensar. Era um vozerio de tanta gente em sua cabeça que não lhe permitia gostar das pessoas. Em alguns momentos até gostava, como do filho. Um amor dolorido por que de precisar . Precisar tanto que já não servia para nada. Se buscava nos espelhos, se refazia nos olhares que lançava as pessoas na rua. Quem eram aqueles seres costas recurvadas que tanto lhe apavoravam.? Estaria ficando louca talvez. Mas não tinha certeza. O que sabia era que precisava fazer. Agir. Ter coragem de se olhar no espelho e gostar de si mesma. Por que foram tantos erros que deixara de gostar.