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Raiva nunca é igual

Porque as pessoas pixam as paredes? Depredam latões de lixo?Ficam agressivas gratuitamente numa fila de ônibus, ou de mercado. Porque cometem deslizes comportamentais? Impulsionadas  a  atitudes que provêm de ódios recalcados. Talvez por terem tido uma família mal resolvida, e consequentemente  ressentimentos com irmão, irmã, pai ou mãe. Os motivos são tantos : por não serem amados,  serem solitários,  não terem dinheiro. Sim, existe uma raiva embutida nesses seres que precisa sair de alguma maneira, como rosnados humanos.Ao invés de doarem-se e mostrarem-se verdadeiros, fingem que não são mal humorados, dando gargalhadas quando ninguém ri..

Suas vontades frustradas  precisam de vítimas. Para  punir.E a vingança sempre é sutil, até mesmo seu protagonista pode não saber que está se vingando nos outros. Esses milhares de pessoas apresentam  atitudes extravagantes que chocam,  deixam o próximo incomodado. Via de regra não conseguem brincar, e suas piadas  são mal entendidas e fora de contexto. Os ditos "recalcados" antecipam que  as pessoas  não irão gostar  delas antes mesmo de  se expressarem. Acreditam  que os outros possuem códigos que elas não compreendem.  Frustradas, são campo fértil para as flores do do ódio.Seres humanos  infelizes por opção inconsciente. Isso pode parecer muito óbvio e deve ter sido escrito de forma diferente por diversas pessoas. Mas existe uma frustração muito maior que tudo isso, a frustração do erro. Sabedor de seus erros, de suas falhas, de sua vaidade, egoísmo, preguiça, alguém pode acabar por não gostar de si e se culpar constantemente por não ter conseguido o que poderia estar nas suas mãos se tivesse agido diferente aos vinte anos. Se tivesse a compreensão de si e a consciência de que estava agindo de forma errada. E por não gostar de si acaba por criar situações onde não é compreendido,agindo sem pensar se vinga em si próprio. São aqueles que mostram aos outros um falso comportamento social, hipócrita e individualista. E vão se consumindo aos poucos, e até quem sabe acabem depredando uma lata de lixo. 

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O CAMINHO DO MEDO

Deixava-se inundar pela angústia como uma roupa usada a qual se agarrava para não alcançar a felicidade. Sempre achara que não merecia ser feliz. Não conseguia sentir-se em casa naquela lugar. Sentia-se uma intrusa no meio daquelas pessoas, quase uma criminosa. Tinha sido nesse tempo que morara ali,  frágil,  envolvendo-se em conflitos com moradores da casa. C asa  acolhedora, bonita, em o a uma vila arborizada, tranquila. Poderia ter sido feliz ali, mas não. Será que ainda seria tempo A imagem que criara a incomodava,  de uma mulher quebrada financeiramente, com parentes viciados em drogas. Esquisita, desiquilibrada. Problemas no aluguel havia tido.  Precisaria ganhar mais dinheiro para sair. Mas a  depressão ia minando as iniciativas que poderiam ser tomadas para ter mais sucesso profissional. A tristeza por ver-se menos bela e desejada. Então castigava-se.  Já não suportava ficar sózinha. Questionava-se se aquilo seria produto dos seus medos, um cansaço de si. Suportar-se era o gran

Jogou fora os remédios

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