Via de regra nos sentimos presos a algo ou a alguém. A rotina interminável dos dias em que tomamos o metrô todas as manhãs para ir ao trabalho, aquele emprego onde você não pode dar tudo de si como gostaria. Sente-se preso, como se estivesse encarcerado. Aquela dificuldade enorme para fazer amigos quando tudo parece suspeito. Aquela preguiça fenomenal para tudo e quando tudo parece tão difícil e o raciocínio lento como um verme doente. Fica-se buscando as causas para tanto desalento. O mau humor crônico é permanente. As tarefas mais simples parecem que duram uma eternidade. Nesse contexto a maioria das pessoas tenta buscar saídas com o uso de remédios antidepressivos para conseguirem um pouco de alegria. Para extraírem um pouco de prazer das suas vidas rotas e tediosas. Estariam estas pessoas fugindo da realidade? Porque tantos seres humanos não conseguem ? Esses remédios muitas vezes quando receitados em situações onde outras saídas poderiam ser buscadas acabam por criar uma falsa serenidade. Na pior das hipóteses o melhor é deixar o corpo encontrar suas saídas mesmo que a custa de uma revolta interna. Na raiz uma insatisfação pode ser a causa para tantos males. Se o emprego não lhe satisfaz o melhor é não ter medo da mudança, se o parceiro já está no limite do suportável quem sabe não seria a hora de não ter medo de um rompimento. Tente buscar a causa dessa infelicidade e antes de correr para tentar injetar alquimias em sua serotonina olhe-se de frente sem medo do que vai encontrar. É claro que vai ver e ter de conviver com tudo o que detesta em si próprio para o resto da vida isso não tem remédio. Mas antes um brilho no olhar do que um sorriso patético.
Não corra para as pílulas antes de correr na pista