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Formadores de idéias

Existem três categorias de gente. Os anônimos conformados, os anônimos angustiados e os anônimos práticos.Os anonimos conformados são a maioria das pessoas que anda pelas ruas em funções pequenas no mercado, atendentes, recepcionistas, faxineiras, que sabem do seu lugar , sonham com coisas pequenas e deixam o tempo passar.Os anônimos angustiados são aqueles que sonham em criar alguma coisa maior, serem admirados por influenciar pessoas  ou fazerem algo diferente da maioria.Na tentativa criam blogs, canções, poemas, ensaios. Comendo pelas bordas e sempre achando que os outros fazem mais do que eles. A infinidade de blogs que brotam na web nos faz pensar em como esses anônimos feito eu tentam de alguma forma serem notados. Mas isso não é nada fácil. 

 Existem regras a serem seguidas e essas regras nem sempre são tão óbvias assim. A vaidade nos faz pensar que poderemos ser diferentes, porque ser diferente é o que nos colocará em algum patamar de privilégios alimentados por clicks, números de acessos e comentários. Isso parece muito pouco se comparado aos milhões que os donos de redes sociais e afins lucram.  Mas é o bastante para que possamos sorrir diante do espelho e dizer, sim o que somos pode estar influenciando de forma positiva a número x de pessoas. É uma forma de carinho virtual. 
Já os anônimos práticos são aqueles que se dão bem. Conseguem objetivar suas idéias e chamar de alguma forma atenção. Eu me incluo na segunda categoria pois luto para conseguir formatar idéias constantemente e quase sempre isso resulta num mar de decisões e numa rajada de assuntos que quase sempre não tem um ponto em comum. Porque é notório que os blogs que obtém mais sucesso são aqueles que  possuem um assunto central. Como falar só de moda ou de cinema. Mas aqui estou eu correndo para me informar e de alguma forma tentando acreditar na minha importância.

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O CAMINHO DO MEDO

Deixava-se inundar pela angústia como uma roupa usada a qual se agarrava para não alcançar a felicidade. Sempre achara que não merecia ser feliz. Não conseguia sentir-se em casa naquela lugar. Sentia-se uma intrusa no meio daquelas pessoas, quase uma criminosa. Tinha sido nesse tempo que morara ali,  frágil,  envolvendo-se em conflitos com moradores da casa. C asa  acolhedora, bonita, em o a uma vila arborizada, tranquila. Poderia ter sido feliz ali, mas não. Será que ainda seria tempo A imagem que criara a incomodava,  de uma mulher quebrada financeiramente, com parentes viciados em drogas. Esquisita, desiquilibrada. Problemas no aluguel havia tido.  Precisaria ganhar mais dinheiro para sair. Mas a  depressão ia minando as iniciativas que poderiam ser tomadas para ter mais sucesso profissional. A tristeza por ver-se menos bela e desejada. Então castigava-se.  Já não suportava ficar sózinha. Questionava-se se aquilo seria produto dos seus medos, um cansaço de si. Suportar-se era o gran

Jogou fora os remédios

Nesse dia jogou fora o Rivotril na pia espirrando seu conteúdo no ralo, como uma bisnaga. O líquido viscoso com gosto bom, levemente adocicado que havia acompanhado seus dias durante uma década. Durante dois anos tentou livrar-se muito lentamente do benzoazepínico pois havia chegado ao número de 37 gotas,  equivalente a 4 comprimidos de 2mg . Tomava à noite para dormir  seis horas reconfortantes de sono. Depois de tanto sacrifício teve as recaídas. Ia buscar no posto médico um tubinho, tirava o rótulo. Por três vezes pegou o remédio para depois jogar fora.   Tinha  medo da angústia que ainda  acompanhava sua rotina. Foram várias recaídas, pingava na palma da mão  3, 4 , até 5 gotas em dias perversos. Sempre quando acordava no meio da noite cheia de medo do presente. Sabia que se ficasse com ele novamente não poderia mais seguir como planejara. Firme , enfrentando pensamentos sombrios que tornavam sua mente um lugar insuportável de estar. Nesse dia acordou sentindo no corpo uma triste

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