Existem pessoas que são obrigadas a conviver durante suas vidas com grandes emoções que sufocam a alma, que trazem fadiga, porque não conseguem administrá-las. Que possuem como que uma bússola quebrada dentro de si próprias. Essas pessoas perdem muito tempo tentando sair desses estados de torpor , tédio e euforias desregradas. Porque possuem como que marés internas que inundam por vezes seus dias e não as deixam respirar direito. São sofredoras por natureza. Dramáticas.
Para chegarem a um objetivo na vida que seja satisfatório e traga sucesso terão de passar por muitos infortúnios oriundos de suas dificuldades emocionais. As paixões as levam a produzir doenças e acabam por sufocar dentro de si qualquer tipo de iniciativa com o tempo, de aproximação do sexo oposto. Elas passam a vida desejando o que os outros possuem, e tentam criar vontades fortes o suficientes para desbravar novos horizontes. Mas nem sequer conseguem se divertir. São solitárias por natureza, apesar de extremamente generosas no que concerne a entrega de si próprias. A solidão funciona como um anteparo, quase uma cruz. Traz prazer mas também muito sofrimento. Esse tipo humano só vai conseguir satisfação quando chegar aos cinquenta anos mais ou menos. Porque vai levar a vida toda para aprender a conviver consigo próprio e consertar os erros cometidos.