Chegou a época de vermos por todo o lado os semblantes risonhos em cada esquina da cidade, plantados no chão com suportes de madeira ou segurados por quem precisa de trocados pra viver, pessoas que suportam o dia inteiro ficar cuidando ou sustentando esses retratos sorridentes e patéticos.A sensação que temos é a de invasão do espaço público por onde trafegamos por todos os dias, por rostos que tentam passar sinceridade em sorrisos maquiados e que trazem enormes números grudados no peito.
Eles tentam nos dizer alguma coisa mas não sabemos o que poderia ser. Querem nos convencer de que podem ser úteis a humanidade e aos nossos desejos. São os candidatos. Aqueles que vão receber bem mais do que dez mil reais para tentar elaborar algum projeto útil a sociedade, ficar no cargo por alguns anos, criar alguma lei e participar de um quórum mínimo de sessões e pronto. É fácil demais e tranquilo. Então quando olhamos esses rostos pelas esquinas sentimos uma estranheza no olhar dessas criaturas discípulos dos mestres do marketing político que brota das calçadas. Eles estão disponíveis para nós, querem que levemos seus retratos para casa e decoremos seus números. Querem ser escolhidos por nós como os mensageiros da verdade. Não creio na sinceridade desses senhores e seus sorrisos amarelos de beira de calçada. Se os salários fossem como o salário de um funcionário público comum em torno de cinco mil reais talvez famosos, jogadores, palhaços não quisessem se beneficiar das benesses de ser um homem eleito pelo povo. Além de ter de conviver com tantos retratinhos como um rosário de bandeirolas terrestres de mau gosto pelas esquinas por onde passamos todos os dias ainda somos obrigados ao voto como representantes dignos do terceiro mundo. Somos vítimas do autoritarismo político herdado de uma república arcaica. O voto não deveria ser obrigatório assim como não deveríamos ser obrigados a ver essas figurinhas políticas no meio fio. Se não fosse assim teríamos muito mais candidatos com dom de servir ao povo e não interesseiros ávidos por mordomias.
Eles tentam nos dizer alguma coisa mas não sabemos o que poderia ser. Querem nos convencer de que podem ser úteis a humanidade e aos nossos desejos. São os candidatos. Aqueles que vão receber bem mais do que dez mil reais para tentar elaborar algum projeto útil a sociedade, ficar no cargo por alguns anos, criar alguma lei e participar de um quórum mínimo de sessões e pronto. É fácil demais e tranquilo. Então quando olhamos esses rostos pelas esquinas sentimos uma estranheza no olhar dessas criaturas discípulos dos mestres do marketing político que brota das calçadas. Eles estão disponíveis para nós, querem que levemos seus retratos para casa e decoremos seus números. Querem ser escolhidos por nós como os mensageiros da verdade. Não creio na sinceridade desses senhores e seus sorrisos amarelos de beira de calçada. Se os salários fossem como o salário de um funcionário público comum em torno de cinco mil reais talvez famosos, jogadores, palhaços não quisessem se beneficiar das benesses de ser um homem eleito pelo povo. Além de ter de conviver com tantos retratinhos como um rosário de bandeirolas terrestres de mau gosto pelas esquinas por onde passamos todos os dias ainda somos obrigados ao voto como representantes dignos do terceiro mundo. Somos vítimas do autoritarismo político herdado de uma república arcaica. O voto não deveria ser obrigatório assim como não deveríamos ser obrigados a ver essas figurinhas políticas no meio fio. Se não fosse assim teríamos muito mais candidatos com dom de servir ao povo e não interesseiros ávidos por mordomias.