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Esperança de brasileiro

Como jornalista  digo que é impossível hoje seguir pautas que justifiquem atitudes sem probidade e justiça pelo governo Bolsonaro. Sempre mantive simpatia  na faculdade pelo Partido dos Trabalhadores. Nas suas raízes o PT não estava corrompido. E este passado de pureza me fez nutrir uma certa idolatria por Luis Inácio Lula da Silva, o operário metalúrgico e depois presidente por dois mandatos seguintes . Minha admiração por ale continua mas minha idolatria  não. Eu tinha ideologia, esperança e acreditava que o povo mais humilde e trabalhador  seria o responsável por  mudanças na sociedade. Hoje repenso tudo isto.

Vejo uma esquerda esfacelada , dividida.Um povo mais ignorante do que imaginava. O PSOL se aliou ao PT e pelo que parece  está na sua sombra não tendo voz própria. O PDT ignora o PT em clara manifestação de infantilidade política.Já vimos que  petistas estão em minoria frente a Bolsonaro depois da entrevista de Lula a FSP e ao  El  País  ser  divulgada. Nas redes sociais  manifestações favoráveis a Bolsonaro e contra Lula foram três vezes maiores. Isto quer dizer que quem  quer mudanças,  ver as investigações contra corrupção no PSL irem adiante e pedir  o impeachmeant  para Bolsonaro precisa de uma  representação  legítima para   seus direitos.  Isto não existe hoje. Todos os movimentos populares articulados politicamente  como MST e CUT são posicionados com o PT. Fora isto não existe mais nada para nos representar.  Um presidente  que defende tortura,tem comportamento anormal e está ligado a milicianos não merece  governar este país. Como na ditadura já começamos a ter medo  de nos manifestarmos  livremente.Principalmente nós jornalistas. O   que nos resta é ter esperança de que as coisas melhorarem. O que nos salva ou nos condena, é que este governo mostra despreparo e  ignorância.

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O CAMINHO DO MEDO

Deixava-se inundar pela angústia como uma roupa usada a qual se agarrava para não alcançar a felicidade. Sempre achara que não merecia ser feliz. Não conseguia sentir-se em casa naquela lugar. Sentia-se uma intrusa no meio daquelas pessoas, quase uma criminosa. Tinha sido nesse tempo que morara ali,  frágil,  envolvendo-se em conflitos com moradores da casa. C asa  acolhedora, bonita, em o a uma vila arborizada, tranquila. Poderia ter sido feliz ali, mas não. Será que ainda seria tempo A imagem que criara a incomodava,  de uma mulher quebrada financeiramente, com parentes viciados em drogas. Esquisita, desiquilibrada. Problemas no aluguel havia tido.  Precisaria ganhar mais dinheiro para sair. Mas a  depressão ia minando as iniciativas que poderiam ser tomadas para ter mais sucesso profissional. A tristeza por ver-se menos bela e desejada. Então castigava-se.  Já não suportava ficar sózinha. Questionava-se se aquilo seria produto dos seus medos, um cansaço de si. Suportar-se era o gran

Jogou fora os remédios

Nesse dia jogou fora o Rivotril na pia espirrando seu conteúdo no ralo, como uma bisnaga. O líquido viscoso com gosto bom, levemente adocicado que havia acompanhado seus dias durante uma década. Durante dois anos tentou livrar-se muito lentamente do benzoazepínico pois havia chegado ao número de 37 gotas,  equivalente a 4 comprimidos de 2mg . Tomava à noite para dormir  seis horas reconfortantes de sono. Depois de tanto sacrifício teve as recaídas. Ia buscar no posto médico um tubinho, tirava o rótulo. Por três vezes pegou o remédio para depois jogar fora.   Tinha  medo da angústia que ainda  acompanhava sua rotina. Foram várias recaídas, pingava na palma da mão  3, 4 , até 5 gotas em dias perversos. Sempre quando acordava no meio da noite cheia de medo do presente. Sabia que se ficasse com ele novamente não poderia mais seguir como planejara. Firme , enfrentando pensamentos sombrios que tornavam sua mente um lugar insuportável de estar. Nesse dia acordou sentindo no corpo uma triste

Urgência de viver

  Era uma urgência de viver tão grande que não lhe permitia pensar. Era um vozerio de tanta gente em sua cabeça que não lhe permitia gostar das pessoas. Em alguns momentos até gostava, como do filho. Um amor dolorido por que de precisar . Precisar tanto que já não servia para nada. Se buscava nos espelhos, se refazia nos olhares que lançava as pessoas na rua. Quem eram aqueles seres costas recurvadas que tanto lhe apavoravam.? Estaria ficando louca talvez. Mas não tinha certeza. O que sabia era que precisava fazer. Agir. Ter coragem de se olhar no espelho e gostar de si mesma. Por que foram tantos erros que deixara de gostar.