Conheço e vejo todos os dias muitas pessoas na web através das redes sociais das quais participo. Vejo um pouco das suas vidas, compartilho sugestões culturais, vídeos, fotos. E alguns momentos me sinto como se estivesse dentro de suas casas. Tenho uma conhecida do bairro com quem me cruzo e às vezes e nem a cumprimento direito mas na web ela teceu um elogio a alguma coisa que postei. Ao nos cruzarmos outro dia na rua nos cumprimentamos com olhar e talvez até certa cumplicidade coisa que não existia antes. Percebi que sim as redes podem ser um acréscimo na melhoria das relações humanas mas nem sempre. Podem servir para acomodar certas emoções que nos impulsionam a socialização e ações propriamente ditas que nos levam a participação concreta nos fatos do dia a dia. Exemplo? O seu telefone não tocar quase nunca e você não ter amigos com quem sair, pegar um cinema ou assistir um show e até mesmo para dar um pequeno passeio. Nesses casos se ilude achando que está cheio de amigos e na verdade não está. Esta ilusão pode aplacar uma tomada de atitude mais agressiva para colocar avante seus projetos e idéias. O mais importante é saber utilizar as redes sociais como um meio eficaz que agregue valores a sua vida. Conheço muitas pessoas que nem utilizam e que não sentem falta. Mas se sabe que em qualquer meio a divulgação de idéias nas redes pode ser fundamental , somar e impulsionar. Mas não devem substituir uma verdadeira atitude física. Em alguns casos é preciso reforçar com a presença o que foi semeado com e-mails e textos. Faço o teste comigo mesma muitas vezes: quando olho todas aquelas fotos de amigos virtuais e ainda sim me sinto imensamente só é porque algo não está bem, está na hora de abrir a porta, sair à rua e usar o telefone.
Deixava-se inundar pela angústia como uma roupa usada a qual se agarrava para não alcançar a felicidade. Sempre achara que não merecia ser feliz. Não conseguia sentir-se em casa naquela lugar. Sentia-se uma intrusa no meio daquelas pessoas, quase uma criminosa. Tinha sido nesse tempo que morara ali, frágil, envolvendo-se em conflitos com moradores da casa. C asa acolhedora, bonita, em o a uma vila arborizada, tranquila. Poderia ter sido feliz ali, mas não. Será que ainda seria tempo A imagem que criara a incomodava, de uma mulher quebrada financeiramente, com parentes viciados em drogas. Esquisita, desiquilibrada. Problemas no aluguel havia tido. Precisaria ganhar mais dinheiro para sair. Mas a depressão ia minando as iniciativas que poderiam ser tomadas para ter mais sucesso profissional. A tristeza por ver-se menos bela e desejada. Então castigava-se. Já não suportava ficar sózinha. Questionava-se se aquilo seria produto dos seus medos, um cansaço de si. Suportar-se era o gran