Pular para o conteúdo principal

Democracia, palavra absoluta

Muito se fala, muito se discute nas redes sociais. Mas o que vejo de concreto é uma militância muito forte de gente que ama um partido, gente do povo, cidadãos brasileiros e esse partido se chama PT. Estive nele como militante  depois me afastei tornando-me uma cética. Inclusive não votava há vários anos pois não havia transferido meu título para o Rio de Janeiro. Não sou militante, mas havia aceitado a idéia já de que não sobrevivia mais no nosso século o modelo político do que seria uma esquerda e uma direita. Vê-se na França um governo de direita que é democrático. Mas no final das contas sempre são dois os lados quando a crise se acirra, quando um país passa por turbulências na sua estrutura jurídica e social. Quando empresários são presos, maracutaias são descobertas,falsas licitações que sempre existiram, e a cada dia somos surpreendidos por mais um a notícia de prisão ou denúncia de corrupção feita por políticos ou cartolas. O povo continua dividido mas agora preocupado, desconfiado. Não sabe para que lado ir. Os xingamentos voltaram como na época da reeleição de Dilma Roussef. Os ditos coxinhas, que já caracterizam um termo novo no vocabulário inventivo do brasileiro são usados como insultos , ser coxinha é ser facista, não gostar dos pobres, ser contra o governo do PT e ser seguidor do PSDB ligado a Aécio Neves.
É claro que os outros governos também utilizaram essas práticas para campanhas políticas, licitações e a Petrobrás não poderia estar de fora. Estamos vivendo um processo histórico jamais visto. É claro que não conseguiremos prender todos os corruptos do Brasil mas pelo menos hão de pensar duas vezes antes de tentar subornar, extrair, desviar verbas, chantagear. O que se viu na Camâra dos Deputados foi vergonhoso. Um bando de homens titulados, executivos, deputados brigando pelo poder sem pensar no povo que é sua obrigação, para isso foram eleitos. De que temos medo ? Do caos, do descontrole e isso vai acontecer se a presidente Dilma sair agora, ela precisa terminar seu mandato com todos os erros cometidos. Por que os pedidos que demandaram sua saída são movidos por outros interesses, não os do povo pobre desse país.

Postagens mais visitadas deste blog

O CAMINHO DO MEDO

Deixava-se inundar pela angústia como uma roupa usada a qual se agarrava para não alcançar a felicidade. Sempre achara que não merecia ser feliz. Não conseguia sentir-se em casa naquela lugar. Sentia-se uma intrusa no meio daquelas pessoas, quase uma criminosa. Tinha sido nesse tempo que morara ali,  frágil,  envolvendo-se em conflitos com moradores da casa. C asa  acolhedora, bonita, em o a uma vila arborizada, tranquila. Poderia ter sido feliz ali, mas não. Será que ainda seria tempo A imagem que criara a incomodava,  de uma mulher quebrada financeiramente, com parentes viciados em drogas. Esquisita, desiquilibrada. Problemas no aluguel havia tido.  Precisaria ganhar mais dinheiro para sair. Mas a  depressão ia minando as iniciativas que poderiam ser tomadas para ter mais sucesso profissional. A tristeza por ver-se menos bela e desejada. Então castigava-se.  Já não suportava ficar sózinha. Questionava-se se aquilo seria produto dos seus medos, um cansaço de si. Suportar-se era o gran

Jogou fora os remédios

Nesse dia jogou fora o Rivotril na pia espirrando seu conteúdo no ralo, como uma bisnaga. O líquido viscoso com gosto bom, levemente adocicado que havia acompanhado seus dias durante uma década. Durante dois anos tentou livrar-se muito lentamente do benzoazepínico pois havia chegado ao número de 37 gotas,  equivalente a 4 comprimidos de 2mg . Tomava à noite para dormir  seis horas reconfortantes de sono. Depois de tanto sacrifício teve as recaídas. Ia buscar no posto médico um tubinho, tirava o rótulo. Por três vezes pegou o remédio para depois jogar fora.   Tinha  medo da angústia que ainda  acompanhava sua rotina. Foram várias recaídas, pingava na palma da mão  3, 4 , até 5 gotas em dias perversos. Sempre quando acordava no meio da noite cheia de medo do presente. Sabia que se ficasse com ele novamente não poderia mais seguir como planejara. Firme , enfrentando pensamentos sombrios que tornavam sua mente um lugar insuportável de estar. Nesse dia acordou sentindo no corpo uma triste

Urgência de viver

  Era uma urgência de viver tão grande que não lhe permitia pensar. Era um vozerio de tanta gente em sua cabeça que não lhe permitia gostar das pessoas. Em alguns momentos até gostava, como do filho. Um amor dolorido por que de precisar . Precisar tanto que já não servia para nada. Se buscava nos espelhos, se refazia nos olhares que lançava as pessoas na rua. Quem eram aqueles seres costas recurvadas que tanto lhe apavoravam.? Estaria ficando louca talvez. Mas não tinha certeza. O que sabia era que precisava fazer. Agir. Ter coragem de se olhar no espelho e gostar de si mesma. Por que foram tantos erros que deixara de gostar.