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Divagações lulistas

Nínguém acreditou quando aquele homem simples, um operário, iria comandar um país como o Brasil. Tudo começou no período pós ditadura militar em São Paulo, milhares de operários liderados por ele clamando por justiça, por melhores salários e melhores condições de trabalho. Era impressionante seu carisma e sua facilidade de comunicação. Naquela época as esquerdas radicais o chamavam de populista por que fazia o que chamavam "conchavos" ou acordos com setores nem tão radicais para chegar ao objetivo de melhorar a vida destes brasileiros. Liderou e liderou tanto que conseguiu chegar ao tão conclamado "poder" máximo político, a presidência da república do Brasil. Já havia tentado antes e sido derrotado pelo jogo sujo de Collor de Melo, um homem que foi delatado pelo próprio irmão, e que usou de tragédias pessoais do concorrente para desmoralizá-lo públicamente. E todos acreditaram que este homem não valia nada. Mas o valete Collor de Mello caiu no abismo do dinheiro fácil e se atolou. O operário que veio do nordeste , para incredulidade de muitos colocava a faixa verde amarela e sua humilde esposa dona de casa, posando de primeira dama para inveja das elites preconceituosas. E por 12 anos não soubemos o que era inflação. As grandes potências se curvaram diante do gigante Brasil. A república das bananas e do carnaval. No meio do caminho este nordestino cabeçudo começou a fazer alianças com outros setores políticos mais liberais, ainda condenadas pela esquerda radical de seu partido. 
Mas era preciso e talvez este homem tenha sido ingênuo na administração de tantas empresas ligadas ao governo como BNDES e PETROBRÁS. Por um lado o homem apaixonado pelo povo brasileiro
e por outro a obrigação de vestir a farda de executivo e receber presentes, sim por que quando visitava alguns países recebia objetos de valor como ato de cortesia. E com isto cismaram. Está tudo ainda em containers. Lula não podia receber presentes. . Pagou um preço por isso. Ficou como todos quase cego com tanto dinheiro em sua conta, afinal agora presidente de um país não mais um sindicalista. Mas depois do segundo mandato, resolveu lançar uma candidata nada carismática, acostumada a conviver com técnicos e não políticos. Modalidade de relações humanas bem complexa. Dona Dilma não conseguiu, os ratos , gaiatos, sonegadores e “propinadores”, tomaram conta do seu quadrado. Lula,  agora é apenas uma pequena grande peça que a máquina institucional corrupta tenta expurgar como  único culpado. Na continuação de seu governo sua ex ministra Dilma  tornou-se cúmplice dos corruptos, porque se  soube dos desvios de verbas, licitações escusas, empresas favorecidas com isenções de impostos, não agiu. Isolou-se politicamente.Desde que este país, cheio de índios e florestas, foi descoberto pelos europeus, décadas de uma cultura onde a mais valia era a mais ladina, ratos humanos começaram a surgir dos subterrâneos e das alcovas. A mostrar seus dentes de ouro, roubados do vizinho em troca de favores. Estamos vendo o monstro que estava por trás do que se chamava a honestidade do povo brasileiro. A mentalidade retrógrada e facista de juristas, procuradores, empresários, políticos, policiais, religiosos, que acostumaram-se ao vício do “dar um jeito” sonegando, lavando dinheiro, explorando e ignorando  o que deveria ser sua obrigação: zelar pela saúde, educação e respeitar os milhares de brasileiros que trabalham duro neste país. Esse monstro está aí, e como a vida não imita a arte, os super heróis não vão aparecer para nos salvar. 

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O CAMINHO DO MEDO

Deixava-se inundar pela angústia como uma roupa usada a qual se agarrava para não alcançar a felicidade. Sempre achara que não merecia ser feliz. Não conseguia sentir-se em casa naquela lugar. Sentia-se uma intrusa no meio daquelas pessoas, quase uma criminosa. Tinha sido nesse tempo que morara ali,  frágil,  envolvendo-se em conflitos com moradores da casa. C asa  acolhedora, bonita, em o a uma vila arborizada, tranquila. Poderia ter sido feliz ali, mas não. Será que ainda seria tempo A imagem que criara a incomodava,  de uma mulher quebrada financeiramente, com parentes viciados em drogas. Esquisita, desiquilibrada. Problemas no aluguel havia tido.  Precisaria ganhar mais dinheiro para sair. Mas a  depressão ia minando as iniciativas que poderiam ser tomadas para ter mais sucesso profissional. A tristeza por ver-se menos bela e desejada. Então castigava-se.  Já não suportava ficar sózinha. Questionava-se se aquilo seria produto dos seus medos, um cansaço de si. Suportar-se era o gran

Jogou fora os remédios

Nesse dia jogou fora o Rivotril na pia espirrando seu conteúdo no ralo, como uma bisnaga. O líquido viscoso com gosto bom, levemente adocicado que havia acompanhado seus dias durante uma década. Durante dois anos tentou livrar-se muito lentamente do benzoazepínico pois havia chegado ao número de 37 gotas,  equivalente a 4 comprimidos de 2mg . Tomava à noite para dormir  seis horas reconfortantes de sono. Depois de tanto sacrifício teve as recaídas. Ia buscar no posto médico um tubinho, tirava o rótulo. Por três vezes pegou o remédio para depois jogar fora.   Tinha  medo da angústia que ainda  acompanhava sua rotina. Foram várias recaídas, pingava na palma da mão  3, 4 , até 5 gotas em dias perversos. Sempre quando acordava no meio da noite cheia de medo do presente. Sabia que se ficasse com ele novamente não poderia mais seguir como planejara. Firme , enfrentando pensamentos sombrios que tornavam sua mente um lugar insuportável de estar. Nesse dia acordou sentindo no corpo uma triste

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