O veganismo não é o mesmo que ser vegetariano como muitos pensam.Fazer
apologia e se auto intitular vegano , como se isto fosse um título de nobreza,
é fato recorrente hoje em dia. Mas não é preciso ser vegano e sim inteligente
para discernir sobre o que é justo e o que não é para os homens e os animais na
indústria e no consumo de alimentos. Há pouco descobri que determinado shampoo
faz teste em animais , passei a não comprá-lo, e para isso não preciso fazer
apologia de veganismo. Em muitas pessoas se torna um movimento muito extremado
tanto que podem chegar a desprezar quem usa um sapato de couro.
Tudo é
uma questão de bom senso, por que fica a pergunta: não vamos mais matar nenhum
animal no planeta? Existem pessoas que só tem condições de comer carne de
animais, e não se pode julgá-los piores ou melhores do que aqueles que não
comem carne. Todos sabemos a crueldade com que determinados bichos são mortos,
como porcos, galinhas e vacas e por isso posso deixar de comê-los. Mas mesmo sabendo da crueldade
como os peixes são mortos não deixo de comê-los ! Na cadeia da vida alguns
animais terão de ser mortos inevitávelmente, o que deve ter importância sim é a
maneira como os tratamos. Um pecuarista por exemplo, cria gado e precisa
comercializá-los, é a sua profissão, o que devemos
condenar é a forma como ele executa estes bichos. Os judeus comem a carne só
depois que passa por determinado ritual e quando a compram de outros países é
chamado o rabino para presenciar o abate do animal. O que importa afinal de
contas é o respeito que será dado a estes animais e o bom senso na hora dos
julgamentos. O tênis Nike por exemplo que usamos no dia a dia e tantos outros
produtos são produzidos na Indonésia ou em outros países miseráveis, com
trabalhadores em condições de escravos, ou ainda crianças trabalhando com
salários aviltantes. O abate e o uso
cruel de animais , o consumo de produtos oriundos de trabalho escravo só deixam
nos fazer pensar que o que importa é que exista mais respeito pelos seres
animais ou humanos e que se pense menos no
lucro indiscriminado.
*Crônica inspirada em comentário feito pelo escritor Luiz Horácio Rodrigues
*Crônica inspirada em comentário feito pelo escritor Luiz Horácio Rodrigues