Ele foi condenado em janeiro de 1999 a quatro anos
e seis meses de prisão, em regime semiaberto, pelo homicÃdio de três pessoas e
lesões corporais, que aconteceu em 2 de dezembro de 1995, na Lagoa
Rodrigues de Freitas, Zona Sul do Rio de Janeiro e recorreu da pena em
liberdade. Nesse tempo todo Edmundo Alves de Souza Neto ganhou muito
dinheiro e viveu em paz enquanto as famÃlias das vÃtimas amargaram o sabor de
viverem desconsoladas, porque afinal essas vidas não valiam tanto assim:
Joana Maria Martins Couto, 16 anos, Carlos Frederico Brites, 24 e
Alessandra Cristina Perrota, 20.Na noite do acidente, Edmundo e alguns amigos
seguiam para a boate Sweet Home, na Lagoa,onde encontraram Joana
Martins Couto, e sua amiga Déborah
Ferreira da Silva, então com 21 anos.
Barrada na boate naquele dia. Joana hesitou
em aceitar a carona oferecida por Edmundo até o bar El Turfe, na Gávea, mas foi
convencida por Déborah. Na av. Borges de Medeiros na Lagoa, o
Cherokee do atacante se chocou com o Fiat Uno cinza dirigido por Carlos
Frederico.
Jogador bonito, sedutor e violento: o perfil dos
heróis mal compreendidos
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O carro de Edmundo capotou , enquanto o Fiat
foi jogado a uma distância de 30 metros e colidiu com um poste. Carlos
Frederico morreu na hora. A namorada dele, Alessandra Cristina Perrota, e Joana
morreram algumas horas depois, no hospital.
Déborah quebrou a bacia, a quinta vértebra da
coluna e quase ficou paraplégica. “Levei quase dois anos para voltar à vida
normal”, diz Déborah. Além das duas amigas, também estavam no carro do atacante
do Vasco o empresário Marckson Gil Pontes, 31, e a estudante Roberta Campos,
19. Os dois ficaram levemente feridos, assim como Natasha Marinho Ketse, 19,
que estava no Fiat Uno. A mãe de Joana, Eliane Artiaga Martins, 47 na ocasião
do julgamento do jogador disse “Pensei que iria encontrar uma pessoa
arrependida, mas não foi isso que aconteceu”.
Basta ter dinheiro no Brasil para conseguir habeas corpus e bons advogados
principalmente se for jogador de futebol. Eles transitam em um terreno onde o
heroÃsmo associado com os jogos esportivos e lutas é muito forte. São
“perdoados” via de regra porque cultuados de uma forma épica que tem origem
talvez em sentimentos ancestrais e históricos. Existe uma condescendência
maior com os jogadores de futebol no que se refere a delitos cometidos. Como
seremos respeitados no mundo se somos um paÃs onde as leis parece que foram
prescritas por primitivos governantes pré-históricos, cheias de lacunas e
exceções. Sujeitas a interpretações diversas e adequadas aos privilégios de
poucos. O tÃtulo de animal concedido ao sr. Edmundo vem envolto em uma aura de
lirismo machista e que agora revela suas nuances. Esse moço merece, por respeito
as famÃlias das vÃtimas e a constante descrença nas leis no Brasil, um bom
tempo de permanência atrás das grades.
Parque dos Horrores
Geralmente começamos a semana chocados com alguma notÃcia sobre violência.O ser humano tem a maldade dentro de si e sempre a terá, a diferença é que alguns deixam essa 'bactéria' da maldade se desenvolver a rodo. Estes possuem um organismo receptivo e vivem centrados em seus próprios interesses incapazes de pensar nos outros. Vide o que aconteceu em Vargem Pequena na zona oeste do Rio de Janeiro essa semana. Um inofensivo parquinho de diversões com brinquedos velhos e baratos instalado num lugar distante e uma dona malvada e cruel.Só preocupada em lucrar e nem aà para o estado lastimável dos seus brinquedinhos.
Dois adolescentes morreram e suas vidas não tem preço. O engenheiro mecânico Luiz Soares Santiago que liberou o parque, um irresponsável. Várias pessoas testemunharam que os brinquedos funcionavam com um número maior de pessoas do que seria tolerável. A senhora Maira da Gloria Pinto é claro sentiu-se extremamente injustiçada pois acreditava estar fazendo o bem e todos os envolvidos culpados também: bombeiros e familiares que permitiram suas crianças de frequentar o parque dos horrores.